terça-feira, 3 de novembro de 2009

MÁSCARAS DE CARPEAUX A PICASSO NO GLYPTOTEK MUSEUM












"Man is least himself when he talkes in his own person.Give him a mask, and he will tell you the truth."Oscar Wilde



O NY CARLSBERG GLYPTOTEK Museum foi fundado pelo magnata dinamarquês Carl Jacobsen (1842-1914). O museu possui uma vasta coleção de esculturas, daí o nome, é foi aberto à visitação pública em 1906. O atual edifício consiste de dois anexos interligados por um enorme jardim de inverno com sua cúpula de metal e vidro que abriga palmeiras tropicais e fontes esculturais. Em 1986, outra construção projetada por Henning Larsen foi incorporada .
A coleção principal com mais de 10.000 peças com enfoque principal nas culturas ancestrais do Mediterrâneo, assim como a Arte Dinamarquesa e Francesa dos séculos XIX e XX.
A coleção antiga se divide no Antigo Mediterrâneo com obras do ínicio da idade Média dos anos 6.000 d.c., passando pela Magna Grécia, Etruscos, Romanos no V século a.c. e esculturas dos antigos impérios Egípcios, Grego e Romano.
Pinturas dinamarquesas são exibidas no térreo, destacando os artistas da denominada fase áurea dinamarquesa, com pintores como Eckersberg, Kobke e Lundbye. O primeiro andar com acesso por elevadores ou uma rampa branca de mármore que têm no canto O Pensador de Rodin, abriga esculturas francesas do mesmo, Degas entre outros e pinturas impressionistas e mais de quarenta obras que inclui Toulosse Lautrec , Gauguin , Monet, Van Gogh e Pissarro.
Junto ao jardim no lado direito há uma livraria e um restaurante: o Café Glyptotek. No subsolo no canto esquerdo ao fundo do jardim, passando pela escultura egípcia de um hipopótamo, são as salas reservadas às exposições temporárias.
No momento, o museu exibe com apoio do musée d’Osay a mostra: MÁSCARAS de Carpeaux à Picasso, que nos revela um panorama da história da arte , tendo a máscara como motivo central. A máscara tornou-se pela sua expressividade um elemento independente das artes visuais com regras e usos próprios e singulares. A fascinação pela arte de diferentes países como África, Ásia e Oceania pôs a máscara no centro do desenvolvimento da arte moderna, como exemplo o trabalho de Picasso. A exposição passa pelas máscaras européias, as mascaras no mundo espiritual e mitológico, as máscaras mortuárias e comemorativas. Apresenta-nos as máscaras orientais japonesas como expressões do grotesco e caricatural. Já no século XIX, a máscara como fragmentos de uma idéia original com expressões naturalistas e simbolistas apresentadas posteriormente no século XX como formas abstratas e indefinidas da criatura retratada.
As máscaras , realistas, abstratas e cômicas usadas nas representações teatrais, fê-la , algo mais original que a decoração simplista que a mesma tinha inicialmente. A máscara tomou vida e libertou-se da arte estática. A substância deste objeto, além da arte, traz no seu âmago um enorme e precioso tesouro que é a expressão do sentimento e humanidade nas várias culturas. A máscara encarna o homem, representando perfeitamente a expressão grandiosa de sentimento do mesmo e do mistério . Esta mostra têm como o objetivo nos fazer conhecer a nos mesmos, nossa cultura e passado, nossos sentimentos... e enfim trazer a máscara e reintegrá-la com sua importância à arte contemporânea.
Uma dica , o museu é gratuito aos domingos.

Fotos: Fabricio Matheus

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