domingo, 8 de novembro de 2009

DE CASTILLA-LA MANCHA HASTA ANDALUZIA







Deixamos a província de Toledo, na Serra de San Vicente e adentramos na região de Castilla-La Mancha no centro da península Ibérica, com suas extensas e áridas paisagens conhecidas mundialmente pelo famoso livro de Miguel de Cervantes:- Don Quixote de La Mancha, cujas aventuras e ações transcorrem nesta região com seus moinhos de vento na serra acima de Consuegra, dominando as planícies da região com seus trigais ocre, em tons variados de bege e suas pontes roxas, púrpuras e áreas com captadores de energia solar , as Fincas da região, passamos por Albacete, Valdepeñas, La ciudad Real e chegamos a um território montanhoso da Serra Morena , limite norte da Andaluzia em direção à Córdoba.
Córdoba, entre a Serra Morena ao Norte e as planícies agrícolas de campiña ao sul, banhada pelo rio Guadalquir e cujo coração é o antigo bairro judaico, à oeste das muralhas com Torres da Mesquita, seu maior monumento, foi a capital da Espanha Romana e de uma dinastia Mourisca. Cidade com tortuosas ruas por onde se passa pelo Museu Taurino, Alcázar de los Reyes Cristiano, Palácio de Viana com seus doze pátios ajardinados, cada um diverso do outro.
A grande Mesquita de Córdoba que tem doze séculos , jóia da coroa, que ainda conserva o seu nome árabe , representa o poder do Islã na península Ibérica. Abd al Rahman I , construiu o templo original entre 785 e 787 com seus arcos de tijolos vermelhos e pedras brancas, o edifício evoluiu ao longo dos séculos, misturando formas arquitetônicas diversas. No século X , Al Hakam II fez alguns acréscimos mais luxuosos, incluindo o Mihrab(nicho de oração) e a maqsura(recinto do califa). No século XVI , uma catedral foi erguida no meio da construção, então reconsagrado. Parte da Mesquita foi destruída. Entra-se pela Puerta do Perdón, na frente do agradável Pátio de los Narangos.
Após explorarmos a cidade, bandonamos Córdoba, cruzando o rio Guadalquir e a beira de seu leito. Na bacia que leva seu nome, chegamos a Carmona, outra pérola da Andaluzia, cujo antigo bairro fica no alto de uma colina, acima dos subúrbios na planície. Do outro lado da Puerta de Sevilha ,um portão nas muralhas mouriscas da cidade, há um aglomerado de casarões coloniais, igrejas mudéjares, praças e ruas insinuosas, recobertas de pedras históricas. A Plaza de San Fernando caracterizada pela fachada renascentista do antigo Ayuntamento. A Iglesia de Santa Maria La Mayor, as ruínas do antigo Alcázar Del Rey Pedro dominam a cidade criando um amplo mirante da região. Nos arredores de Carmona está a Necrópoles Romana , sítio arqueológico de um antigo cemitério romano.
Partimos de Carmona ainda com o cheiro refrescante de seus limões. E ao entardecer com o róseo, dourado e laranja da tarde tornando-se azul , escurecendo e trazendo a noite , continuamos até Sevilha.


Fotos: Fabricio Matheus e Conor  O'Byrne

Nenhum comentário:

Postar um comentário