segunda-feira, 2 de novembro de 2009

CORES DE LÉGER NO MUSEU DO TEATRO EM COPENHAGEN








O museu do Teatro de Copenhagen , é um dos lugares que sempre visito . Localizado no centro da cidade, fica quase escondido no canto à direita , no complexo Christiansborg que é parte do Castelo, que abriga o Parlamento Dinamarquês, a Suprema Corte, os Arquivos Nacionais e a Biblioteca Real.
É um local para amantes do teatro. O local era um antigo castelo do bispo de Absalon em 1167.Posteriormente estabelecimento das armas reais em 1766, no reinado do rei Christian VII, a princesa britânica Caroline Mathilde, construiu um teatro clássico , com influências e arquitetura francesa de Nicolas-Henri Jardin, ocupado por trupes francesas que encenavam tragédias e operetas , o Court Theatre foi fechado em 1881, sendo reaberto como museu em 1922.
O museu abriga uma coleção permanente da história do Teatro Dinamarquês de 1700 até hoje, com desenhos, pinturas, fotografias, cenários, figurinos e muito mais. E exposições temporárias, já visitei entre elas: Ibsen na Dinamarca e Malere e seu mise en scène, com cenografias e cartazes.
Léger e seu teatro e a mostra atual. Fernand Léger, arquiteto e artista plástico francês, um dos precursores do cubismo com seus esboços geométricos e de cores intensas e vibrantes, expõe principalmente figurinos , maquetes de suas pinturas para o trabalho La création Du Monde (1923) e estudos de Ballet(1920-1925) entre eles o Ballet Mecánique. Alguns destes desenhos e figurinos estão ligados à pintura figurativa francesa com influências de Poussin e Corot. Outros animais e paisagens com formas retas e composições frontais em contornos fortes lembrando os trabalhos de Henri Rousseau, de quem era um admirador.
Nestes trabalhos Léger apresenta iconoclastias com narrativas futuristas pré-surrealistas, quase abstratas, com uma série de imagens de animais, lábios femininos, dentes, objetos cotidianos em diversas dimensões e repetidas imagens das atividades humanas e máquinas num movimento rítmico, como que prevendo a desumanização , dramatizado no humano mais que humano na dança e no teatro.

Fotos : Fabricio Matheus
Ilustração: Revista TA' I TEATRET

Nenhum comentário:

Postar um comentário