sexta-feira, 11 de setembro de 2009

SONHEI COM O BORGHI

Sonhava quase todas as noites com o Borghi quando fiz um estágio no Odin Teatret do Eugênio Barba no norte da Dinamarca. No meu sonho, estavamos sentados na beira de um palco vazio e falavamos de teatro. Eu contava o que tinha aprendido no dia, os exercícios de corpo, de voz, o que tinha assistido e ele me escutava como um analista com seus olhos profundamente atentos as minhas histórias.
Não conheço pessoalmente o Borghi. A primeira vez que o vi no palco foi em Édipo Rei com a Ítala Nandi no Ruth Escobar. Depois entre outras peças como O Amante de Madame Vidal com a Éster Goes, Decifra-me ou Devoro-te que era seguida de um debate com o público. Cruzei com o Borghi numa tarde de festa na reinauguração do Oficina onde todos tinhamos uma folhinha de arruda atrás da orelha. Assisti a sua dramaturgia no Estrela Dalva, O lobo de Ray-ban que volta agora como Loba com a Torloni... Sempre o admirei de alguma forma, pela sua trajetória na história do teatro brasileiro, na fundação do Oficina com o Zé Celso, o quê havia lido sobre o Rei da Vela e outras peças e entrevistas. Mas não entendia por quê sonhei exatamente com o Borghi. Contei esta história para ele duas vezes, logo após de assistí-lo Na Cadela de Vison, quando ele fez uma leitura no Centro de Cultura Judaica dirigido pelo Otavio Martins de uma peça traduzida pelo Pâmio "Fleshman" e agora depois de assistí-lo nos seus 51 de carreira junto com a Miriam Mehler no "Mãe é Karma" do Elias Andreato.
Ainda não sei por quê sonhei com o Borghi, agora não quero saber mais , ele já o sabe. Existe sonhos que não precisam ser decifrados....

Nenhum comentário:

Postar um comentário