sábado, 12 de setembro de 2009

GIANFRANCESCO GUARNIERI (1934-2006)


“ Sou nobre demais para ser posse,
Ser um subalterno no comando,
Ou mesmo servo e instrumento útil
A qualquer Estado soberano deste mundo”
Estas palavras de Thoreau poderiam se ditas por Gianfrancesco Guarnieri, ator , dramaturgo , letrista , criador do Teatro Paulista do Estudante posteriormente Teatro de Arena, revolucionou o teatro nacional na sua peça de estréia “Eles não usam Black-tie” encenada em 1958, ao colocar no palco a classe operária com suas questões políticas e sociais. Posteriormente com Gimba (1959) levou a cena a realidade dos morros cariocas.
Com uma obra extremamente política, foi uma voz crítica contundente durante toda a sua existência.
Escreveu a Semente (1961), O Filho do Cão (1964) que discuti o misticismo religioso e a reforma agrária. Em parceria com Augusto Boal, que é mais conhecido no exterior, no final dos anos 60 e ínicio de 70, grita a liberdade com a série de espetáculos Arena Conta..... Em Um grito parado no ar(1976) descreve as agruras da classe artística que perduram até hoje.
Na década de 80, escreveu pouco: Pegando Fogo lá fora (1988)que assisti com ele e a Miriam Muniz, A Canastra de Macário (1995), Anjo na contramão(1998) com o filho Claúdio e sua última peça A luta secreta de Maria da Encarnação(2001).
Precisamos cada vez mais de homens imprescindíveis , como o Guarnieri , que como dizia Brecht , lutam por toda a sua vida.

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