terça-feira, 25 de janeiro de 2011

DIARIO DA CORTE III


Comecei pelo Guggenheim, onde sempre vou rever Kandisky. O museu atualmente passa por uma reforma interna para receber a próxima exposição, as rampas estão fechadas, assim como o terceiro e quarto andar. A melhor exposição , inesquecível que vi neste museu foi O Brazil Body & Soul produzida pelo Edemar Cid, recém despejado de sua mansão no Morumbi. O altar de ouro de Olinda preenchia todo o átrio do museu. As rampas pintadas de preto com uma iluminação ressaltava os traços dramáticos dos nossos santos barracos. O último andar com a coleção de arte plumária, quem viu nunca esquecerá.Conheço americanos que visitaram a exposição mais de três vezes.
Tenho uma historia pessoal com Kandisky, a quem conheci na França, em Paris, durante meu estágio em Medicina Fetal. Meu professor e orientador era apaixonado por este pintor russo, que fez sua vida na Europa, lecionou na Bauhaus entre outros movimentos artísticos que pertenceu durante o século XX. O seu entusiasmo pelo pintor , contagiou-me e passei a ler e aprender com os livros do mestre russo como O Espiritual na Arte, entre outros.... Na minha última visita a New York, passamos uma tarde numa visita guiada com explicações e interassões , vivências no Guggenheim com a obra de Kandisnky com um professor japonês, com os cabelos descoloridos e unhas pintadas de preto, uma figura à parte.
Visto e revistos os Kandiskys com suas geometrias, cores e música; fui para a Neue galerie, também na quinta avenida, que abriga principalmente a coleção dos artistas vienenses como Gustav Klimt e Egon Schiele, esta foi minha primeira visita. Os desenhos e estudos dos dois artistas são primorosos. A galerie têm um acervo de objetos de art-decô e um charmoso café com vista para o Central Park.
Mais vitrines pela Madison e segui para Downtown: Brooklin Bridge, Wall Street, Estatua da Liberdade, Soho, Tribeca, Greenwich Village e aja energia e pernas.
Deixei as compras e corri para o café Carlyle para ver Woody Allen e sua New Orleans Jazz Band.O café Carlyle fica no elegante Hotel com o mesmo nome na Madison com a 76st. Woody toca todas às segundas às 20:45. À partir do dia 1 a 12 de fevereiro entra em temporada o brasileiro Paulo Szot, que fez sucesso com o musical South Pacific, entre outras estrelas que dão seus showzinhos neste charmoso e elegante bar, pequeno com suas paredes pintadas com motivos referente as artes e com um traço que lembra Chagall.
O Bar é também um restaurante.Deve se fazer reserva , e está quase sempre lotado. Algumas pessoas como eu, assistem o show de pé, (stand up tickets). O couvert artístico é de $86 e deve se consumir no mínimo $22, imagine os preços dos pratos! O show começa no horário e Mr.Allen estava do meu lado 20 minutos antes com uns amigos, montando seu instrumento, clarineta. As músicas são demais, improvisos, piadas, tudo muito descontraído, mais de uma hora de felicidade, uma viagem .
Valeu cada dollar, ou cent... Woody Allen novamente encheu meus sonhos e alma com sua música jazzística assim como já os fizerá com seus filmes. Extremamente simpático, perguntou-me de onde era e respondi: Brasil!.

Fotos:Fabricio Matheus




Um comentário:

  1. Tudo muito bacana! A viagem toda- isso mesmo, tem de aproveitar todos os segundos, e ver, e aprender, e se surpreender, e se encantar com o conhecido ou com o desconhecido.
    Agora essa de ficar do ladinho do WA é demais! Vale a viagem. Bjs e muito "aproveitamento" até o último sengundo, hein!

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