terça-feira, 21 de setembro de 2010

ROBERTO FREIRE, UM ANARQUISTA(1927-2008)



A literatura de Roberto Freire foi fundamental na minha vida, principalmente os livros Cléo e Daniel e o Coiote. Eu queria ser um coiote, livre, em comunhão com a natureza.
Roberto Freire me ajudou a crescer, a querer a liberdade que ele vivia, acreditava e escrevia. Através dele eu sonhei em ser um ser melhor. Pelos seus livros conheci Visconde de Mauá e suas lendas, a Canção da Terra de Mahler , inspirada nos poemas chineses.
Depois assisti a algumas de suas palestras na sede do Soma em Perdizes. Ouvir Roberto Freire falar era como ouvir o Zé Celso, ou assistir uma peça da Denise Stoklos.Os seus livros, peças de teatro e contos me faziam crer na possibilidade da liberdade plena.Certamente me fizeram ser um pouco mais verdadeiro comigo mesmo.
Roberto Freire foi médico, psiquiatra, escritor, dramaturgo, diretor de teatro , cinema e televisão, autor de telenovela, letrista e pesquisador científico, conhecido por sua técnica teraupêutica denominada SOMA(Somaterapia), terapia corporal utilizando dança e capoeira e baseada nas teorias psicanalíticas de Wilhelm Reich e de conceitos anarquistas. Freire se apresentava como “anarquista, escritor e terapeuta”.
Entre suas obras literárias figuram Cleo e Daniel, Sem entrada e sem mais nada, Coiote, Utopia e Paixão, Sem Tesão Não Há Solução, Ame e dê Vexame, contos eróticos, literatura policial e infantil, para o teatro: Quarto de Empregada, Presépio na Vitrine, entre outros.
Na televisão , escreveu para a TV Mulher, a telenovela O Amor é Nosso e A Grande Família. Em 2003 lançou a autobiografia Eu é um Outro.

Arte:Fabricio Matheus

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