Depois do Mar Negro,
após o Bósforo, abre-se o Mar de Marmará que
vai até o estreito de Dardanelos, quando se torna Mar Egeu.
A beira destas aguas
aconteceram as histórias do primeiro poema épico, A Iliada e a Odisséia de
Homero, quando as sereias ainda eram mulheres aladas que tentavam enfeitiçar
Ulisses.
Na China , já
eram metate peixe e choravam lágrimas de
pérolas…
O encantamento por
estes seres mitológicos veio com as histórias que minha avó materna contava
antes de adormecermos. Nas suas histórias, misturava as Sereias do mar , com as
dos rios, riachos e igarapés…
A Sereia quer ser
humano, mas é metade besta. A sua completude a anularia. Deste conflito, sua
beleza nos fascina e seu canto nos hipnotiza, mas é dele que ela vive e existe.
Quando pensei nas
sereias, pensei na violência deste conflito para a alma, e o queria contar com
imagens sanguinolentas, inclusive as pensei…mas venceu o esplendor do mito.
As sereias do mar de
Marmara, têm o luxo e a beleza do carnaval, como um carro alegórico , elas passam sem perder o seu drama e sem
esconder a violencia social e outras mais.
Elas passam com seus
conflitos e desejos recônditos… o profano e o sagrado.
O Mar de Marmara,
pronunciado em português é sonoro ,como poesia, ou música, como o canto das
sereias. Lembra amar, lembra amor. Em segredo, posso contar que a beira do Mar
de Marmara , no meio de tantas histórias, mitos, ruínas… acho que vi uma sereia.Talvez
tenha sido uma ilusão, uma visão….um sonho talvez!
Fotos:Fabricio Matheus
Modelos: Sabrina Orthmann/Wânia Rangel e João Hannuch
Make-up: Pedro Sampaio
http://youtu.be/mBmb3U-fsSo
Acho que combina um pouco com as fotos: http://www.youtube.com/watch?v=DUwe54QPQqI&feature=player_embedded#!
ResponderExcluir