Debateu-se muito sobre o valor artístico da fotografia. Por
ser o resultado de um processo
mecânico, foi muitas vezes envolvida numa aura
carregada de ceticismo quando comparada com a pintura ou a escultura,
especialmente durante as suas fases iniciais.
Porém, a fotografia, desde sua invenção em 1839, presta-se a
ser, talvez mais do que qualquer outra forma de arte, um meio vitl de
comunicação e expressão e como tal tem oferecido crescente contribuição as artes visuais, de forma a ser
definitivamente legitimadas, mesmo se há pouco tempo atrás , pelo seu papel
verdadeiramente artístico.
Ela é um meio de expressão e não apenas técnica, através da
qual se pode ver e parar o mundo; é ao mesmo tempo o resultado de uma simbiose
entre uma componente técnico-cientifica e artística, que liga indissoluvelmente
os dois aspectos através da sua extraordinária evolução , a partir de uma
habilidade puramente manual e uma forma
de arte independente
Durante a sua curta história, a fotografia se tornou
protagonista de mudanças técnicas que permitiram uma evolução cada vez mais
sofisticada dos seus instrumentos executivos, com câmaras fotográficas cada vez
mais precisas e rápidas, portáteis, até chegar na fotografia digital de hoje,
capaz de resultados
Inicialmente inimagináveis, que , através de sucessivas
experiências e inovações, tornaram-se cada vez mais um meio de expressão
artística congênita a arte moderna e contemporânea.
Hoje pode-se fotografar tudo, com os i-phones, celulares,
câmaras reflex, tudo é imagem e velocidade.
Não devemos esquecer, porém que o advento da fotografia
marcou de forma decisiva também a pintura, desde a sua origem, proporcionando
um meio útil de referencia a pintores e movimentos, a começar pelo
impressionismo.
Aquilo que faz atualmente da fotografia um meio único e
inovador em relação a todos os precedentes, é ainda o seu poder de captar um
momento preciso: o instante é parado e congelado no disparo, mas ao mesmo tempo
esse apresenta-se sempre que volta a ser observado, vivo e atual, presente.
Por último , a fim de traçar uma história temática da
fotografia, esta é essencialmente uma história plena de gêneros diversos, cada
um com os seus protagonistas. Do retrato, a natureza morta, do nu a fotografia
de moda, da fotografia de paisagem ao fotojornalismo, cada um é o resultado de
um meio expressivo único pela sua espontaneidade, flexibilidade e
versatilidade.
O Blog que nasceu de uma frustação com as artes cênicas, o
teatro, minha paixão, me levou a imagem e a fotografia como expressão artística.
O fotografo como diz o mestre Scavone, é um ser de coragem e
paixão. Coragem de não apertar o botão e
paixão para apertá-lo. O fotografo como artista, deve procurar expressar
seu eu profundo, sem segundas intenções, truques ou tentativas de ajuste e
máscaras, essa é a mais importante busca, do ser e da imagem a ser perseguida.
Como dizia, outro mestre, Robert Doisneau,: - Para ver bem é preciso concentração. O charme precisa do efêmero. Não devemos temer a sombra, por mais abstrata que se torne a paisagem, ela não reflete mais que a si mesmo.
O homem está cada vez mais sendo expulso da paisagem que ele mesmo constroí e destroí, assim aos poucos a vida vai sendo deteriorada, corrompida, por quê fica tudo igual, tudo reto. E a desordem é aos poucos banida; no entanto um pouco de desordem e caos é salutar, é bom , pois é nesta desordem e nesse caos que se aninha a poesia , a arte pura que nos salvará.
Temos que ser capazes de inventar, reinventar e criar os espaços lúdicos que nos salvarão com nossa arte e nossas imagens. A vida começa a dar medo, quando toda a espontaneidade é banida e cerceada. Felizmente há dias em que acordamos e que o simples fato de ver nos faz sentir uma verdadeira felicidade, indefinivel.... Ficamos leves, leves; sentimo-nos tão rico que nos vêm a vontade de partilhar com os outros este sentimento etereo , indecifrável.... E será a lembrança desses momentos , o que de mais precioso cada um de nos possui, talvez por causa de sua escassez. Devemos nos lembrar disto e desses momentos na hora de partilhar nossa arte e capturar uma imagem, pois a mesma eternizar-se-á , talvez como salvação de nosso vazio e como redenção de nossa mortalidade.
Como dizia, outro mestre, Robert Doisneau,: - Para ver bem é preciso concentração. O charme precisa do efêmero. Não devemos temer a sombra, por mais abstrata que se torne a paisagem, ela não reflete mais que a si mesmo.
O homem está cada vez mais sendo expulso da paisagem que ele mesmo constroí e destroí, assim aos poucos a vida vai sendo deteriorada, corrompida, por quê fica tudo igual, tudo reto. E a desordem é aos poucos banida; no entanto um pouco de desordem e caos é salutar, é bom , pois é nesta desordem e nesse caos que se aninha a poesia , a arte pura que nos salvará.
Temos que ser capazes de inventar, reinventar e criar os espaços lúdicos que nos salvarão com nossa arte e nossas imagens. A vida começa a dar medo, quando toda a espontaneidade é banida e cerceada. Felizmente há dias em que acordamos e que o simples fato de ver nos faz sentir uma verdadeira felicidade, indefinivel.... Ficamos leves, leves; sentimo-nos tão rico que nos vêm a vontade de partilhar com os outros este sentimento etereo , indecifrável.... E será a lembrança desses momentos , o que de mais precioso cada um de nos possui, talvez por causa de sua escassez. Devemos nos lembrar disto e desses momentos na hora de partilhar nossa arte e capturar uma imagem, pois a mesma eternizar-se-á , talvez como salvação de nosso vazio e como redenção de nossa mortalidade.
1- Séculos de avanços em química e ótica resultaram na primeira fotografia do mundo. Em 1826, o cientista frances Joseph Nicéphore Niépce registrou a imagem através da janela de sua casa em Le Gras. Foram necessárias 8 horas de exposição a luz do sol para alcançar o objetivo final, além de uma placa coberta de betume.
2- A porta aberta de William Henry Fox Talbot de 1843,
precursor e pioneiro do processo fotográfico no final do século 19 e 20th, que
contribuiu para que a fotografia fosse considerada como arte, suas
reproduções foram as precursoras das
fotogravuras.
3- Foto Fabricio Matheus do i-phone de uma vitrine de moveis usados na Rua João Moura.
Arte: Fabricio Matheus
Bibliografia : Os
mestres da fotografia da Scala Editora e Paris Doisneau da CosacNaify
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