sábado, 2 de abril de 2011

ELIZABETH TAYLOR (1932-2011)


"Tenho o corpo de uma mulher e a sensibilidade de uma criança"

"O problema de pessoas que não têm vícios é que normalmente elas têm virtudes bem irritantes"

"Sou uma sobrevivente. Um exemplo vivo do que somos capazes de enfrentar e ainda assim sobreviver"

"Sempre admiti que sou comandada por minhas paixões."

"Quando as pessoas dizem 'ela tem tudo', eu respondo o seguinte: 'eu não tenho o amanhã"
E.Taylor

E Liz se foi como uma estrela . A estrela que era. Devo confessar que às vezes nem pensava se Liz estava viva ou morta. Mas a tinha sempre como viva.Viva dentro de mim. Devo confessar que com Marilyn Monroe aprendi a sedução. Um pouco com Rita Hayworth em Gilda. Mas com Elizabeth Taylor aprendi tudo sopre paixão e amor; amor e paixão. Um homem aprende com as mulheres, às vezes, muito mais que com os homens.
Ela era diferente. Às vezes ela mesma, por que sua vida foi vivida intensamente. Liz amou, bebeu , se drogou, adoeceu, sobreviveu e se foi... Mas sempre esteve com os verdadeiros amigos, muitos deles gays como Montgomery Cliff, Rock Hudson, James Jean entre tantos. Liz militou, angariou fundos e mundos pela AIDS, a primeira grande voz a se fazer ouvir.
Liz era linda, não era loira, os cabelos nunca passaram os ombros e teve os olhos e os diamantes mais lindos do mundo.Foi a primeira super star de Hollywood a faturar um milhão de dólares para protagonizar a super produção Cleopatra, onde conheceu o amor de sua vida.
Liz enchia a tela com sua beleza e seus olhos.Beleza que muitas vezes a impediu de provar a grande atriz que era.
E Liz era acima de tudo parecida com minha mãe. Talvez por isso.Muito por isso.Não que minha mãe tenha os olhos de Liz, é um parecer talvez só para mim.
Recentemente fui a Nova York e assisti The Milk train doesn’t stop here anymore de Tennesse Williams, que Liz filmou com Richard Burton com o título português : O Homem que veio de Longe. O filme foi um fracasso. Liz faz Flora que esta à beira da morte e recebe a visita de um homem. Mas ela esta tão linda que é impossível assistir o filme, que revi, e crer que uma mulher com aquela beleza possa estar à beira da morte. Este foi seu último filme que revi.
Não me lembro precisamente qual foi o primeiro filme de Elizabeth Taylor que assisti. Misturam-se Cleopatra, a Maggie de Gata em Teto de Zinco Quente, Katarina de A Megera Domada, Angela de Um Lugar ao Sol, Catherine de De repente o último verão ou Leslie de Assim Caminha a Humanidade.Sei que assisti todos os seus filmes até Lassie em que ela faz a Priscila.Todos eu certamente revi e revejo, algumas vezes.
Um dos que mais gostei e que se tornou um dos filmes de minha vida foi Quarta-feira de Cinzas em que ela faz Barbara; uma mulher que vai a Suiça para fazer plástica e recuperar o amor do marido que a trocou por uma jovem. Ela está linda, magnífica e a história é memorável.
Claro têm a Gloria de Disque Butterfield 8 e a Martha de Quem têm medo de Virginia Wolf que lhe renderam Oscars, em que ela supera a beleza e mostra seu talento.
A última montagem que assisti de Quem têm medo de Virgina Wolf do Albee foi em Copenhagen e no dia seguinte comprei o DVD , por quê eu precisa rever a Martha de Liz.
Liz me fez sonhar.Faz-me e me fará para sempre... Assim que soube que partiu para ser estrela no imensurável céu que nos aguarda.Juntei seus filmes para revê-los e para aprender e sonhar novamente com ela, que tinha uma beleza esplendorosa e talento arrebatador.
A mulher que toda mulher queria ser, que todo homem queria ter. A mulher que viveu como nenhuma outra. Li todos os jornais e revistas, as pequenas notas sobre seu falecimento e recordações. Histórias sobre os seus foulards Hermès.Sobre diretores de revistas que a adoravam e a faziam capa das mesmas quando faltava uma história. Por quê ela sempre tinha uma história, um quê, um senão, um porém . Havia sempre algo há dizer de Elizabeth Taylor, sem que ela se esforçasse.
Atriz cujo carisma carregou multidão aos cinemas.Nascida e fabricada na era dourada de Hollywood, quando ainda, era o lugar em que lendas materializavam sonhos. Fábrica de ilusão. Elizabeth Taylor foi estrela e protagonista dos ideais máximos da humanidade de uma era: de beleza , de riqueza , de sucesso . O novo século traz um céu cada vez mais enegrecido.Certamente não existe quem nos faça aspirar a eternidade , em lugar da fama efêmera. Em 23 de março, Hollywood perdeu sua derradeira estrela.

"Pessoas que me conhecem me chamam de Elizabeth. Odeio Liz"
Eu não a conheci pessoalmente , eu a adorei e por isso me permito chamá-la carinhosamente e com admiração de Liz. E a frase, que para mim, resume a estrela, foi a do diretor Mike Nichols:
"O choque de Elizabeth não foi apenas sua beleza. Foi a sua generosidade. Sua risada gigante. Sua vitalidade. Ela é singular e indelével nos filmes e em nossos corações."
Segundo Camille Paglia:"Elizabeth Taylor foi uma protofeminista,"com poder sexual que o feminismo tentou destruir", foi uma colossal deusa pagã.No entanto , para toda uma geração, nossas vidas foram impregnadas por ela, que despertou em nós emoções as mais profundas". 


Nenhum comentário:

Postar um comentário