terça-feira, 29 de junho de 2010

JOANESBURGO













Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria liguagem, você atinge seu coração."
"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar."
A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.”Nelson Mandela

Depois do fim do apartheid, tudo mudou. Não estamos seguros em nossas próprias casas, não podemos andar na rua
Não sou racista, mas estávamos melhor antes”Bárbara , indiana casada com um alemão católico.

O racismo se inverteu... agora são os negros contra os indianos e brancos” Mutasami, 27 anos, indiano.

Miserável país aquele que não tem heróis. Miserável país aquele que precisa de heróis.”B.Brecht



A palavra África deriva de AURUNGA ou AFRI, NOME DA TRIBO Berbere que na antiguidade habitava o norte do continente. O nome começou a ser usado pelos romanos à partir da conquista da cidade de Cartago, perto de Túnis , capital da Tunísia no século VII a.c.. Somente no século XVI, com a necessidade dos europeus de avançarem para o interior e para o sul do continente negro em busca de novas riquezas e exploração de matéria-prima, foi que o nome África se generalizou para todo o continente.
África também significa :façanha, proeza, valentia, algo difícil de se realizar.
Cheguei a Àfrica em Joanesburgo e fui direto para o sul, Cape Town ou Cidade do Cabo. Parti da Àfrica de Joanesburgo. Começo minhas descrições e recordações da África do Sul pelo ínicio e final.
Joanesburgo é a maior cidade da África do Sul, a quarta maior do continente africano, fundada em 1886 com a descoberta e o boom do ouro na região; hoje o centro financeiro e comercial do país.
Em Joanesburgo fica a township de Soweto, famosa pelo apartheid e onde morou Nelson Mandela. A cidade é mais um ponto de escala no país, ainda com altos índices de violência e segregação.
Os principais pontos turísticos são: O Museu do Apartheid, o Museu Mandela, o Museu da África e o Berço da Humanidade à 25 Km a noroeste, o sítio arqueológico de Sterkfontein, famoso por ser o mais rico sítio de hominídeos e onde foi encontrado em 1947, o crânio de um Australopitheces africanus apelidado de Mrs Plees, o primeiro esqueleto humano que remonta há 2-3 milhões de anos.
Cheguei assustado em Joanesburgo com histórias de violências sofridas por amigos que a tinham visitado anteriormente, mas, excitado com histórias e lutas dos negros do continente que migraram para o Brasil como escravos e homens que lutaram no país por liberdade, além da curiosidade com relação aos animais e a geografia da região. No aeroporto internacional à caminho de Cape Town, parecia um aeroporto europeu, com poucos negros , estes poucos trabalhando na limpeza dos toaletes, e com um serviço rápido e eficiente.
Voltei a cidade com a frase dita por quase todos os africanos, ou pessoas que moram na África que conheci pela viagem: - A África do Sul, não é a verdadeira África.
Do continente africano, já havia visitado o Egito, que também não é a verdadeira África, foi o que me disseram. A verdadeira África que descreveram , foi pintada com cores mais fortes e mais sangue. Uma África da miséria, da dor, da fome, da doença, da violência, da segregação e preconceito, do abandono, da exploração, cujo único culpado é o próprio homem. Vi um pouco disso, com cores mais tênues... vi também outra África: a África da natureza, que me ensinou sobre o tempo e o respeito para com a mesma. Talvez eu nunca chegue a conhecer a verdadeira África. Mas o pouco da África que conheci foi verdadeira.
Joanesburgo é violenta, segregada, negra, com muita miséria, contudo , se a África do Sul não é a verdadeira África , deve-se a lutas e ao sangue de seus homens negros, representados pela figura do hoje considerado herói vivo nacional:- Nelson Mandela ou simplesmente Mandiba.

Nenhum comentário:

Postar um comentário