Estágios
“ toda a juventude
Se esvai, para que a vida aconteça em todas as suas fases,
Todas as virtudes, assim , como a nossa compreensão da verdade,
Floresce em seu dia e não pode durar para sempre.
Como a vida pode convocar-nos em todas as idades
O coração, deve estar pronto, para o esforço da despedida, Como todas as flores perdem a beleza, assim
Se esvai, para que a vida aconteça em todas as suas fases,
Todas as virtudes, assim , como a nossa compreensão da verdade,
Floresce em seu dia e não pode durar para sempre.
Como a vida pode convocar-nos em todas as idades
O coração, deve estar pronto, para o esforço da despedida, Como todas as flores perdem a beleza, assim
E de novo, estar pronto bravamente e sem remorso
Para encontrar uma nova luz que os laços da idade não pode dar.
Em todos os começos, habita uma força mágica
Para guardar-nos e ajudar-nos a viver.
Serenamente vamos avançando para lugares distantes
E não devemos deixar que o sentimento de acomodação nos detenha.
Neste caminho que o Espírito Cósmico procura sem restrição
E nos leva passo a passo para os espaços mais amplos.
Se aceitarmos uma ordem própria por nos estabelecida,
Nossos costumes só contribuirão para a indolência.
Devemos nos preparar sempre para nos separar, nos despedir
Ou então continuaremos a ser sempre escravos da permanência.
Mesmo na hora da nossa morte devemos mudar
Nos apressando para novas e recentes descobertas,
Assim a vida nos convocará sempre para novos desafios.
Assim deve ser a vida, a alma, o coração: - um adeus sem fim.” - Hermann Hesse
Para encontrar uma nova luz que os laços da idade não pode dar.
Em todos os começos, habita uma força mágica
Para guardar-nos e ajudar-nos a viver.
Serenamente vamos avançando para lugares distantes
E não devemos deixar que o sentimento de acomodação nos detenha.
Neste caminho que o Espírito Cósmico procura sem restrição
E nos leva passo a passo para os espaços mais amplos.
Se aceitarmos uma ordem própria por nos estabelecida,
Nossos costumes só contribuirão para a indolência.
Devemos nos preparar sempre para nos separar, nos despedir
Ou então continuaremos a ser sempre escravos da permanência.
Mesmo na hora da nossa morte devemos mudar
Nos apressando para novas e recentes descobertas,
Assim a vida nos convocará sempre para novos desafios.
Assim deve ser a vida, a alma, o coração: - um adeus sem fim.” - Hermann Hesse
No segundo semestre de 2011, fiquei praticamente avastado do Blog, por um motivo surgido pelo próprio Blog e outros acontecimentos no meio do caminho.
O Blog me levou a iniciar um curso de fotografia, e meu último post de julho de 2011 foi exatamente um exercício de fotografia no cemitério da Consolação. Tinha alguns temas que queria escrever, sempre os tenho, e não me escusarei pela falta de tempo, talvez o afastar foi uma necessidade para renovar-me.
Nesta ausência, aprendi mais sobre fotografia. Viajei, voltei a rever lugares já visitados , com outros olhos. Conheci novos lugares com novos olhos. Alguns, que com certeza voltarei com outros olhos.
Entre pores-do-sol e auroras, encontrei e reencontrei pessoas. Entre muitos espetáculos,alguns me emocionaram, outros não...
Entre dores e amores, terminou-se um ciclo de 7 anos de amor, que transformou a minha vida para sempre, como só os relacionamentos são capazes de nos transformar. Jamais serei o mesmo de 7 anos atrás e estar só novamente, além de doloroso, é um ato de coragem e renovação para que o meu eu siga o meu desejo.
Entre alegrias, nada se compara a divina comédia humana do nascimento. Voltei para casa, e de longe escutei o choro do meu sobrinho. Um choro distante mas que tinha a força e a beleza da renovação da vida, as estações... Um choro que encheu meu coração de uma alegria indescritível, de uma emoção que também me fez chorar. E deu-me uma estranha certeza de que aos trancos e barrancos, sou um ser feliz.
Estou novamente só e sem certezas... Ontem dormi pensando em visitar o México e sonhei que estava em Marrocos. Estou revendo Dancin Day’s e arrumando os armários. Tenho muita coisa que não uso e quero espaço e simplicidade. É como se repassasse numa sessão de análise minha vida, neste período, em que já começa meu inferno astral.
Para o ano, eu só desejo e pedi em segredo:- saúde! O resto será consequência e surpresas sempre bem vindas.
Entre incertezas, as certezas, serão as visitas ao meu sobrinho e a minha família. Quero ir a Houston reencontrar minha tia , minha prima que não as vejo há anos e conhecer sua família, o Bobby e a tia.
Também, já é quase uma certeza, que em fevereiro chegue o Otto von Goethe, um novo ser que fará com certeza um carnaval no meu apartamento e na minha vida, um cãozinho.
De resto, um dos momentos mais significantes para minha vida neste ano foi no deserto de Wadi Rum, na Jordânia, onde foi filmado o Laurence da Arabia.
Depois de um pôr-do –sol magnifico, fez-se noite estrelada com uma lua cheia. Um clarão , que projetava minha sombra alongada na areia. Comecei a caminhar descalço e só, no meio do nada. Um ser quase nada, nem precisava estar nu, já o estava. No cosmo, como uma daquelas estrelas, eu pertencia ao universo, como o provérbio zen de algo que é valioso.
Ali no meio daquela vastidão do deserto, na natureza, eu vi que não precisava de mais nada. Eu já possuía tudo: - a areia, as montanhas, as estrelas, a lua e eu....
A última noite do ano, passei no hospital de plantão. Para minha surpresa, e sem nada programado, consegui virar a noite na casa de uma grande amiga que mora perto e com amigos do teatro, outra grande paixão da minha vida. Brindei o novo ano com o coração aquecido de carinho e amizade. No dia seguinte, uma outra grande amiga, ofereceu-me com todo o seu afeto, um almoço sublime, que varou a tarde entre conversas e risadas.
A medicina me deu a certeza de uma felicidade estranha que é a de proporcionar as pessoas que amo , uma morte melhor e digna. A medicina me ajuda a ajudar aos que amo a nascer e a morrer melhor. Pode até parecer triste mas não é, seria como um barqueiro que ajuda na travessia do rio. Isto não me torna um ser melhor, ou mais iluminado, mas justifica um pouco , o intraduzível mistério da minha vida.
Certamente, o que me faz melhor são os relacionamentos e as amizades, acho que isto é fundamental para se descobrir e tornar-se humano.
Termino com a vontade de escrever mais...Com a máxima socrática de que tudo o que sei é que nada sei. E claro , com Shakespeare, Hamlet que como o Edipo rei de Sofocles são as minhas Bíblias, mandalas, e sempre as primeiras leituras do ano.
“Existe uma previdência especial até na queda de um pardal. Se é agora , não vai ser depois, se não for depois, será agora; se não for agora , será a qualquer hora: - O estar pronto é tudo...Se ninguém é dono de nada do que deixa, que importa a hora de deixá-lo?Seja lá o que for!”.
Foto:Fabricio Matheus "As 4 estações"
Que bom que voltou a escrever! Um texto bonito, verdadeiro, generoso. Pessoalmente,acredito que o bom e o ruim só agregam e que nada é definitivo. É um exercício, cansa às vezes, mas essa é a grande coisa de estar vivo. E, sem dúvida,força interna e externa (saúde) são imprescindíveis para apreciar o que nos é oferecido.
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